A EXIGÊNCIA DE SE ADORNAR A SI PRÓPRIO

« (…) a beleza não é uma qualidade inerente às próprias coisas: existe apenas na mente que a contempla, e cada mente capta uma beleza diferente.»
David Hume

Claude Lévi-Strauss, é indubitavelmente um etnógrafo que nos obriga a mergulhar no domínio em que o efémero, o eterno, o sério, o cómico, o profano e o sagrado se cruzam e nos transportam para interrogações do que é isso de dar conta, o que são os outros.


Este ofício suscita a descoberta do fantástico, do grotesco, do exuberante.

Qual antojo, causaria tanta admiração, que a leitura de “Tristes Trópicos[1]”. Mexeu muito particularmente com este recém-chegado caloiro ao mundo da Antropologia.


“Viajo” a algum tempo atrás, detenho-me e saboreio a claridade de um lugar... longínquo. É possível ainda perfurar o tempo, desvendar origens secretas que traçaram um inventário de características diferentes.



A humanidade é rica de impossibilidades imprevistas, que ao aparecerem encherão sempre os homens de estupefacção.

Privilégios que a memória retém da minha existência, são sem dúvida as recordações do meu primeiro ano de Preparatório, e que assumiram particular importância.


Cada um de nós conserva imagens inesquecíveis dos seus primeiros exercícios de reflexão, não sei se antes desta época já teria alguma vez tomado como tal, este vocábulo. Todavia, esta altura marcou decisivamente a minha odisseia pedagógica. É lugar comum dizer que em “adulto” esquecemos o que em criança aprendemos, eu não concordo, e sei que o que não desaparece é o clima desses dias vividos tão singularmente. O valor emotivo desses dias! Há! Quanta nostalgia de beber o sabor daquelas palavras, o narrar das aventuras de Tom Sawyer vividas até à exaustão.

O encontro autêntico: era o discípulo que encontrava o mestre e reconhece nele o indicador da sua verdade, mas tal como ele dizia: não se ensina, existe-se e apela-se para a existência dos que vivem junto de nós. Não os libertámos magicamente das suas dificuldades, pelo contrário, tronámo-los mais plenamente conscientes da dificuldade de ser. Carácter surpreendente, nada aprendi de cor. A criança e o adolescente em mim achavam-se confrontados e esse encontro desmascarou uma identidade que eu ignorava. Havia no “ar” uma espécie de possibilidades novas. O dedo apontava-nos. O movimento estende-se a todas as ordens do conhecimento, dizia, não esqueçam cada forma de cultura é a marca do homem, é igualmente respeitável e “sagrada” seja em que lugar for. Não se deixem tomar pelo egocentrismo ocidental, que se tem traduzido num imperialismo intelectual inconsciente. Serão a prova viva de que essa postura já não poderá ser senão um asilo de ignorância. Sentia-me embriagado.

Outros haviam, que nos propunham tormentos atrozes de intemperância pedagógica e que nos traziam sintomas suplementares de dissolução. Não estava ainda suficientemente prevenido e não sei se alguma vez estarei para não ficar horrorizado diante do cientismo hermético das exposições em que se afirma a pretensão de uma espécie de taylorismo aplicado ao trabalho intelectual. É por isso que invoco quem rompe os horizontes estreitos das edificações e que substituem as ansiedades perturbadoras.

Durante muito tempo andei imbuído e pensativo. Reclamo com clamor o “olhar”, aquele olhar minucioso com simpatia e vontade de explicar. Depois de ter feito o primeiro ano do curso de História Moderna Contemporânea no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa – ISCTE, meditei nas minhas motivações intelectuais e resolvi justamente debruçar-me sobre a Antropologia. Perguntaram-me imediatamente para que servia. Qual era a diferença que encontrava ao curso anterior? As respostas foram vagas e mal articuladas. Hoje, sei porque mudei. Depois de tanto tempo, a estupefacção assaltava-me de novo. Esse doce olhar antropológico que nos desperta.

De maneira nenhuma quero aqui estabelecer comparações pretensiosas com a leitura do VI capítulo “Como Surge Um Etnógrafo” (Lévi-Strauss: 1955: 45-54), mas não posso deixar de reflectir, na leitura que este e outros capítulos me proporcionaram, das circunstâncias que me conduziram até ao ISCTE como o encontro com o professor, que ilustrou a nossa qualidade de ser humanos, valores que ocupam espaços mentais da minha sensibilidade e que me refrescou, qual embriagado que depois de uma noite inteira sem saber muito bem por onde andou, encontra a porta do seu jardim para nele se deleitar e curar da ressaca agonizante que tanto álcool tinha proporcionado.

O encontro com uma matéria praticamente inesgotável de que nos fala Lévi-Strauss, na sua grande diversidade de usos, costumes e instituições opera em mim a vertigem da indagação.


A magnificência dos lugares percorridos, as fundas ravinas, os planaltos, os cursos de água, os pântanos, os odores tropicais, o exotismo do colorido enebriante, a fadiga física e moral, o encontro por vezes tenebroso de fugitivos da lei, em que conjecturas várias passam pela mente e que toca por vezes as raias do desespero, mas que o etnólogo à custa do seu conforto persegue impiedosamente a sua vocação. A persistência, que requer o atento olhar do etnógrafo, a sua observação que não deixa de modificar a realidade observada e que igualmente modifica aquele que observa, não deixa de despertar inquietação do que é isso de estar no palco, sobre a maneira de estar no mundo.


Os juízos de valor não estão antes nem depois da explicação, “o seu papel será apenas compreender os outros” (Boaventura, 1977: 376). O paradigma, “a incerteza do conhecimento (...) transforma-se na chave do entendimento de um mundo que mais do que controlado tem de ser contemplado” (Idem: 53).

Qual a impressão do olhar magistralmente profundo da mobilização máxima dos sentidos?

Sempre me interroguei sobre o impulso estético no homem; impulso esse que, se nem sempre pode ser posto em acção através da criação de uma obra plástica ou pictórica, se pode, todavia, tornar evidente, mesmo através da decoração do próprio corpo.


O adorno, constitui para o homem – tenha ele muita ou pouca consciência disso – um importante meio de comunicação. É muitas vezes através dessa necessidade de se adornar, que o homem comunica aquela parte de si que ele deseja comunicar.

Não há fome ou explosão demográfica que impeçam, o desejo, ou melhor, a urgência de juntar ao seu corpo desnudo, decorações, adornos, enfeites, que o diferenciem de outrém, não parece que alguma vez possa vir a cessar.


É milenar a procura de adorno. Uma força criadora, criadora de formas que hoje definimos como «artísticas» – existiu sempre: o homem – confirmam-no os monumentos espalhados ao longo do percurso de milénios – quis desde sempre imprimir um ar formalmente diferenciado e diferenciante do seu habitat. Também o seu próprio corpo constitui uma parte integrante deste habitat. Ainda antes de criar monumentos, templos, estátuas, o homem «esteticizou» o seu corpo.

Das razões mágicas, religiosas, místicas, psicológicas ou antropológicas desta vontade de revestir ou adornar o próprio corpo levantaram-se infinitas hipóteses e escreveram-se inúmeros livros. Em Quejara como noutro qualquer lugar na maior parte dos casos, o objectivo é tornar-se atraente. ”Em contraste com a austeridade dos objectos utilitários, os Bororos[2] colocam todo o seu luxo e a sua imaginação no traje (…) O gosto do ornamento é tão pronunciado que os homens improvisam constantemente adornos” (Lévi-Strauss, 1995: 212). É notável o gosto pelo luxo, de consumo sem necessidade, elemento decisivo nas formas que o gosto pelo ornamento assume em todos os extractos sociais, com grande evidência nos mais abastados. Mas o facto mais importante é o não se consumir para satisfazer qualquer necessidade tangível, mas com o fim de se ser notado, de se apresentar belo e que todavia não deixa de ser um consumens. Inquieta inventiva que é a própria imaginação. Uma coisa é certa, em contraste com os animais, é talvez um dos mais importantes caracteres distintos do homo sapiens.

A frequente procura pelo homem de vistosas pecularidades, da «veste» dos animais (unhas de tatu, tufos de penas de garça, longas plumas da cauda das araras, colares de unhas de jaguar), mostram claramente como no homem, diferentemente no que sucede com o animal, a variedade o carácter multiforme dos adornos são fundamentais e constituem sempre algo de inventado, de sobreposto, de mutável, em contraste com aquela perenidade, ausência de toda a autonomia, da indumentária animal. Parece provável que se tenham muitas vezes «inspirado» e tirado partido nas involuntárias decorações dos animais para os seus adornos, para os seus enfeites. Cometeria-se um erro considerar as penas, as unhas, as plumas, como exemplos de uma hipotética «moda animalesca», quando na verdade, não são mais do que instrumentos fornecidos pela natureza, utilizados como fascinantes cânones expressivos de beleza.

Quantas engenhosas e meticulosas artificializações do corpo são constantemente elaboradas pelos Bororos. Encontramos, como que um encantamento constante que testa o emocional gosto da criatividade, da imaginação, do «complemento estético» da procura incessante de se sentir belo. Basta “uma fita de palha seca, apanhada no chão, rapidamente arredondada e pintada, faz um toucado frágil, que o seu portador ostentará até o trocar por uma fantasia inspirada por outro achado.” (Idem: 212, 213).


Verifica-se o descurar do mobiliário das palhotas entre os Bororos. Na realidade a sensibilidade dos Bororos, como noutras sociedades, o adorno está mais polarizado que outros aspectos da sua vivência.

Aquela “virtude” criadora, aquela fantasia plástica e cromática que exprimem, súmula de impulsos criadores, talvez mais do que se poderá imaginar, ganha relevo e atravessa todas as sociedades humanas.

Pensemos, por exemplo, no influxo exercido na década de 60 pela chamada “arte pop”. Certos tipos de desenhos de tecidos estampados, a adopção de certas cores que são transplantadas da pintura para os adornos, para o vestuário, “foram o último grito”.


A presença imponente do fato, do mais “sóbrio” ao mais fantasista, emana, rubricas muitas vezes, tidas como extravagantes, sofisticadas, inoperáveis, não deixando de ser olhadas como fontes de inspiração e como modelos a seguir. Sabemos que certas apresentações são patrocinadas pelos “centros de diversas indústrias da moda,” mas não cabe aqui enveredar no longo caminho de que essa indústria foi agente. Todavia, demonstra uma certa vontade por parte do homem de procurar aquela liberdade expressiva, tão viva, artística e socialmente.

Do mais simples ao mais complexo, o homem realiza a sua opção artística que pode ser sugerida, até atingir manifestações que recorrem a conceitos formados e antecipadamente etnocentricos, expressões como: isto é o cúmulo do paradoxismo; povos fetichistas, e tantas outras expressões, revelam que a ideologia etnocentrista encontra-se presente em todas as circunstâncias da vida. “Nos clássicos casos de racismo do mundo moderno, seja na África do Sul e nos Estados Unidos como noutros lados, o etnocentrismo leva os membros da cultura branca, politicamente dominante, a desprezar as capacidades intelectuais dos seus vizinhos negros (…)” (Leach: 1985: 140). Este fenómeno não é exclusivo de nenhuma sociedade tanto moderna como antiga. Qualquer que seja a identidade cultural do ser humano, vai achar sempre que se encontra no centro de um universo privado. A ideologia etnocentrista encontra-se presente em todas as circunstâncias da vida. Todos nós sentimos a necessidade de nos diferenciarmos dos “simples animais” e por isso recorremos ao conceito formado antecipadamente de etnocentrismo para nos ajudar a decidir a que tipo de cultura as pessoas como «nós» pertencem.

Percebemos que isto de SER HUMANO levanta questões etnocêntricas. Esta visão é inevitável, basta ter em conta que a noção de unidade no género humano como categoria universal em todo o mundo, é uma invenção recente. Daí a forte tendência interdisciplinar, na confluência de pontos de vista múltiplos, nesta tomada de consciência que nasce da necessidade de abordagens várias, da necessidade do “olhar” do outro. No estudo das relações e das trocas que têm lugar para além das fronteiras culturais e políticas, antigos preconceitos foram desaparecendo não imediatamente mas gradualmente, «o olhar modifica-se». Estamos longe de que esta visão etnocêntrica se afaste das nossas mentes. Ainda hoje as crianças aprendem história, como se o centro do universo fosse o seu território nacional. É preciso que a aprendizagem incida sobre a história do mundo e não no reduto pessoal e nacional de cada país.


O padrão de comparação é sempre inconstante e arbitrário, qualquer consideração acentua uma entropia absurda e assaz descontextualizada. O «bom gosto» ou o «mau gosto», é inverificável, qualquer consideração está baseada no problema do gosto.

O decorrer dos anos leva a modificações várias. Tanto aqui como acolá, seja em Paris, Lisboa ou Quejara, está subjacente um impulso ambivalente: o impulso o desejo de diferenciar-se e a procura de um adequamento ao grupo social a que se pertence. 
Serão elas substanciais?

O homem sempre teve a necessidade de poder reconhecer a pessoa que se lhe depara, através de sinais inequívocos, de maneira a classificá-los em determinadas categorias ou posições sociais, e que a priori pudesse corresponder a um seu comportamento especial, evitando a ânsia intolerável da incerteza da escolha.


Ao primeiro olhar, para uma série de sinais, poderia indicar-se de um desconhecido, a casta, a posição social, o próprio papel desempenhado no seio do grupo, faz parte de um perfeito jogo de todas as partes em que na sociedade Bororo identifica-se através de um mosaico de objectos abrasonados, o clã, o subclã, o proprietário, estão à partida representados nesta distribuição curiosa da cultura Bororo.

Encontramos em todos os povos, uma série de sinais e objectos representativa de uma função mágica e protectiva. Grande parte da “protecção” que nos é oferecida pela roupa parece ter uma raiz mais mágica e simbólica do que real. Assim, como nós em crianças procuramos defendermo-nos dos fantasmas com que povoámos a noite e a escuridão, tapando a cabeça com os cobertores, os edredons, de modo semelhante, alguns povos pensam que determinados pormenores podem afastar as doenças, os malefícios misteriosos.

A linguagem do adorno, tal como a linguagem verbal, não será apenas para transmitir certos significados, mediante certos significantes. Serve, também, para identificar posições que foram escolhidas para serem transmitidas. Afirmar que o adorno de ontem nada tem a partilhar com o de hoje, é o mesmo que afirmar que a arte dos nossos dias já nada tem a ver com o passado.

Zona vastíssima de interesses, o olhar. Continuamente à nossa volta para descobrir quanto haverá de comunicação, na nossa vida quotidiana, a todos os níveis, até mesmo o caminhar, o colocar o corpo. A infinidade de objectos que emitem algo e que estabelecem uma “ponte” entre o emissor e o receptor e vice-versa.


A distinção entre «dizer que» e «servir para» muitas das vezes é mínima. As funções, os destinos dos objectos, interferem no universo da comunicação (tal como o tipo especial de capa denominado toga não serve para proteger da chuva, mas para dizer «eu sou advogado»). Claro que existe diferenças entre sinais criados expressamente como tal, as palavras por exemplo. Não obstante, o lento ou rápido transcorrer dos anos, verifica-se a explosão de novos sinais, de novos factores decorativos, muitas vezes arbitrários mas marcados por uma vontade de diversificação e de subversão do gosto corrente. Desde sempre, a alternância dos impulsos para a diferenciação e para a adequação, – quer ostente acessórios fascinantes ou não – hoje como ontem, como amanhã e talvez sempre, o impulso narcisista e exibicionista para a procura de um determinado efeito corpóreo, dominará sempre na humanidade e permanecerá.

O binómio funcionalidade-beleza é muito revitalizado, diz-me que não está sempre no domínio da criação, exactamente devido à exigência de «se adornar a si próprio», de juntar ao seu corpo um factor estético do homem de hoje e mesmo de sempre. À possibilidade de transformar, embelezar, exaltar o corpo –, será então necessário admitir que o verdadeiro elemento descriminador entre os indivíduos deverá residir num factor de gosto, e portanto de particular «sensibilidade estética»?



BIBLIOGRAFIA
LEACH, Edmund, (1985) - “Etnocentrismos” in Enciclopédia Einaudi, Vol.5 «Anthropos-Homem», Lisboa, I.N.C.M..
LÉVI-STRAUSS, Claude, (1955) - Tristes Trópicos, Lisboa, Edições 70 Lda.
SOUSA SANTOS, Boaventura, (1977 - 9ª edição) - Um Discurso Sobre as Ciências, Porto, Edições Afrontamento.


[1] LÉVI-STRAUSS, Claude (1955) – Tristes Trópicos, Lisboa, Edições 70 Lda.
«Tristes Trópicos, mais que um livro de viagem, é um livro sobre a viagem. Repleto de detalhes pictóricos das sociedades autóctones do Brasil central. O livro discute as relações entre o Velho e o Novo Mundo – narrativa de viagem ou ensaio de ciência? Redigido de uma maneira romanceada, numa prosa poética simultaneamente nostálgica e irónica, Claude Lévi-Strauss desmembra parâmetros cristalizados, questionando ao mesmo tempo viajantes e cientistas. O Brasil que aqui se anuncia está muito para além da provinciana cidade de São Paulo. Encontramos no mundo perdido dos bororo (bem como dos Cadiueu, dos Nambiquara e dos Tupi-Cavaíba) estilos e linguagens sui generis. Somos ainda humanos o bastante para compreendê-los? É essa a pergunta que se faz nos Tristes Trópicos, não só um clássico da etnologia e dos "estudos brasileiros", mas uma obra universal, sem fronteiras, sobre o acometimento do processo civilizacional.»
[2] Os Bororos são uma tribo autóctone brasileira. Habitam a região do planalto central de Mato Grosso e estão distribuídos por cinco terras indígenas demarcadas: Jarudore, Meruri, Tadarimana, Tereza Cristina e Perigara. Conhecidos também pelos nomes de "Coroados" ou "Parrudos". São tradicionalmente caçadores e colectores, porém, adaptaram-se à agricultura da qual extraem sua subsistência. Dentro de cada clã há uma comunhão de bens culturais (nomes, cantos, pinturas, adornos, enfeites, seres da natureza) que só podem ser usados pelos membros desse determinado clã, a não ser que este direito seja participado a outras pessoas em "pagamento" por favores recebidos. Destacam-se pela confecção do seu artesanato, da sua plumagem e também pela pintura corporal em argila. A tribo obedece a uma organização social rígida. A aldeia é dividida em duas partes – "exare" e "tugaregue" – que, por sua vez, se subdividem em clãs com deveres muito bem definidos. Eles reconhecem a liderança de dois chefes hereditários que sempre pertencem à metade exare, conforme determinam os seus mitos. Os antigos Bororos distribuíam-se por extensa região, compreendida entre a Bolívia, a oeste; o rio Araguaia, o rio das Mortes, ao norte; e o rio Taquari, ao sul. O nome Bororos é na verdade um nome dado pelos primeiros exploradores, designação essa surgida quando perguntaram qual o nome da tribo e o nativo teria entendido o nome do local onde estavam, eles estavam no Bororo = Pátio da Aldeia.



Fernando Baleiras